Quem me roubou de mim,

'O limite favorece a compreensão da realidade existente. Um espaço delimitado é um espaço encontrado, identificado. Ao identificar o que sou, assumo a legitimidade de minha natureza. Digo o que posso e também não posso. Por isso o limite é positivo. Ele me proporciona um agir coerente, porque me posiciona a partir do que sou e não do que o outro gostaria que fosse. No mundo dos objetos isso é constante. Identificamos o tempo todo. Uma mesa é uma mesa e não pode ser uma porta. Pronto, o conceito identificou, diferenciou, limitou de forma positiva. Ninguém poderá condenar a mesa por não ser porta. Ela já esta no limite do seu conceito. No mundo das pessoas é a mesma coisa. Nossa identidade nos limita, não para nos empobrecer, mas, ao contrario, para nos favorecer o crescimento. Quem sabe bem o que é e o que não é terá mais facilidade de explorar suas possiblidades, uma vez que os limites já estão aprendidos também. Apreender e conhecer os limites que se tem é um jeito interessante de potencializar as qualidades que nos são próprias.'

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